Passado mais de um ano do início da pandemia do novo coronavírus uma coisa é certa: o mundo digital nunca foi tão palpável em nossas vidas. Fazemos compras, estudamos, trabalhamos, namoramos, conversamos, nos divertimos, brigamos e até comemos ou fazemos sexo mediados por artefatos tecnológicos e à distância.

A presente edição do Projétil busca observar esse panorama, esse cenário complexo, cheio de incertezas e opiniões divergentes.
Seria toda transformação tecnológica um avanço? Estariam as redes sociais atuando hoje como uma grande arena pública, onde as questões sociais são debatidas, ou vivemos apenas bolhas infladas por informações sem credibilidade? E até que ponto os comportamentos que vivenciamos no mundo digital e online são novos? Seriam versões adaptadas daquilo que já fazemos há muitas gerações, ou nosso comportamento transformou-se o suficiente para dizermos que é realmente novo e diferente do que havia?
São questões que atravessaram as pautas realizadas, e que não serão por nós respondidas. Mas saber fazer as perguntas certas é tão ou mais importante que ter as respostas, uma vez que compreender o cenário nos ajuda a sobreviver nele.
Melhor do Brasil
Esta edição também marca uma importante conquista para o Projétil. No final de 2020, quando já havíamos concluído a #95, fomos eleitos o melhor jornal laboratório do país. A premiação veio na Expocom (Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação), evento realizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), e da qual participam os principais cursos da área de Comunicação do país. A UFMS esteve representada pelo acadêmico José Victor Marçal Câmara, que apresentou as edições 92 e 93. Essa é a primeira vez que o Projétil vence nacionalmente a categoria ‘Jornal Laboratório Impresso’.
Na mesma edição do Expocom a aluna Ariadna Thalia Zortéa Braz venceu a categoria Projeto Experimental com o trabalho ‘Corpos Prescritos: infografia multimídia sobre a construção social da identidade de gênero’.
A comemoração e os abraços, para ambas as conquistas, foram… online.
Nos últimos dez anos o curso de Jornalismo da UFMS já havia recebido outras quatro premiações nesse evento. Marco Antonio da Cruz Fernandes foi premiado em 2019 na categoria Reportagem em Radiojornalismo, com ‘Ninguém vive só da soja’. Mylena Garcete Rocha venceu em 2018 a categoria Produção de Jornalismo Literário e/ou de Opinião com ‘Kaiowá: mulheres sem medo’. Iasmim Amiden dos Santos ganhou em 2017 a categoria Produção em Jornalismo Digital com ‘Mulheres da Manga’. E Debora ‘Bah’ Conceição Firmino de Souza venceu em 2012 na categoria Fotografia Jornalística com ‘Corpos molhados’.