Fronteiras com Paraguai e Bolívia influenciam na construção das identidades culturais de Mato Grosso do Sul
Texto: Andrella Okata | Beatriz Santos | Fernando de Carvalho | João Pedro Flores
O segundo estado mais novo do Brasil tem sua identidade cultural construída na miscigenação e migração de povos nacionais e de fora do país. A proximidade e a troca cultural do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia são tão grandes que os fortes aspectos culturais dos países vizinhos se tornaram parte da cultura sul-mato-grossense.
O intercâmbio cultural entre Brasil e Paraguai é longínquo, desde os tempos dos jesuítas e, ainda que os dois países tenham se enfrentado na mais cruel guerra da história da América do Sul, isso teve pouca influência negativa na relação entre os povos. “Por mais sangrento que foi o comportamento do Brasil e os países que se uniram contra o Paraguai, o paraguaio tem um coração muito grande e isso não fez diferença para nós em como tratamos os brasileiros”, diz a jornalista Juliet Sarai, natural e residente de Assunção, capital do Paraguai.
Antes da divisão do estado, o Sul do Mato Grosso foi palco de operações da guerra contra o Paraguai. Provindos de um processo de independência dos colonizadores e com o surgimento de dúvidas sobre os limites fronteiriços, as nações do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai entraram em disputa pelos espaços territoriais.
Pela força do Brasil na Tríplice Aliança, o termo que ficou cunhado foi ‘Guerra do Paraguai’, entretanto, com base em documentos oficiais e a partir do contexto apresentado pelo professor e coordenador do curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Cleverson Rodrigues da Silva, o mais correto é se referir à ‘Guerra contra o Paraguai’, já que a tríplice atacou o país vizinho.
Para o professor, que atua há 20 anos no Ensino Superior e é especialista em História das Américas no século XIX, foi justamente nesse momento de consolidação das nações que os países procuraram definir como seriam administrados e quais os seus limites geográficos.
A bacia Platina, que é a segunda maior bacia hidrográfica do Brasil, se estende também pela Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai. Nela, o rio Apa era referência brasileira na fronteira entre os países. Para os paraguaios a linha fronteiriça era o rio Branco, por causa do Tratado de Santo Ildefonso, delimitado pelo Império Espanhol. Neste contexto, a guerra não foi travada apenas por interesses políticos, mas também por interesses econômicos. Na época, o transporte e, principalmente, o comércio aconteciam através de vias fluviais e qualquer problema que dificultava as navegações era de interesse do Brasil.
“A preservação da independência do Uruguai já havia sido pontuada entre o Paraguai e a Argentina. Porém, em novembro de 1864, o Brasil invadiu o Uruguai e o então presidente do Paraguai, Francisco Solano López, viu a invasão como uma afronta, um ato de guerra”, pontua Cleverson. Como vingança, Solano López ordenou a apreensão do navio Marquês de Olinda, que transportava Frederico Carneiro de Campos, novo governador da província de Mato Grosso.
As divergências em relação aos limites fronteiriços, combinado com a intervenção brasileira no Uruguai, culminaram na invasão paraguaia no sul da província de Mato Grosso (atual Mato Grosso do Sul) em dezembro de 1864. As consequências disso, especialmente para o Paraguai, foram devastadoras.
O que deveria ser um embate entre exércitos, acabou atingindo civis: homens, mulheres e crianças.
“…Vespasiano, Camisão, e o Tenente Antônio João, Guaicurus, Ricardo Franco, glória e tradição…”
Esse trecho do hino do Mato Grosso do Sul faz referência e exalta figuras históricas que ajudaram a construir a identidade sul-mato-grossense. Porém, segundo Cleverson, há uma ressalva: “É preciso ter cuidado com a reconstrução das memórias, às vezes são intencionais, às vezes são heróis, às vezes são alçados à categoria de heróis sem necessariamente serem”.
Para o historiador e cônsul geral do Paraguai, Ricardo Caballero Aquino, a guerra contra o seu país natal teve motivos ocultos, como a “última disputa” entre o Império Espanhol e o Império Português. Já para Cleverson, não é possível afirmar que os colonizadores estavam por trás da guerra, pois ambos os países se tornaram independentes há mais de 50 anos e Espanha e Portugal ainda não eram potências econômicas capazes de sustentar uma guerra.
Dois anos após o final da guerra, há relatos de paraguaios residindo em Corumbá, o que reforça a percepção de que não houve ressentimento dos paraguaios para com os brasileiros por conta do conflito. Essa proximidade ajudou a difundir a cultura paraguaia no Brasil, em especial, no MS.
Corumbá: a cidade mais boliviana do Brasil
Mato Grosso do Sul é um estado miscigenado. Além da cultura paraguaia, é possível perceber influência de outros países em todo o território. Entre elas está a boliviana, marcante principalmente no município de Corumbá. A cidade faz fronteira com Puerto Quijarro e fica perto também de Puerto Suárez, logo, a relação cultural entre elas é intensa. Corumbaenses e bolivianos trocam influências desde a culinária até o idioma. “Essa troca dificilmente acontece de mão única, ela é sempre de mão dupla”, considera Marco Aurélio Machado de Oliveira, doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e professor titular de estudos fronteiriços na UFMS.
Além do fato de ser fronteira, há motivos históricos que ligam esses dois povos. Nos anos 1930, Bolívia e Paraguai entraram em conflito na Guerra do Chaco (1932-1935), causada pela disputa territorial do Chaco Boreal, uma região que dá acesso ao Rio Paraguai, que era de interesse dos bolivianos. Para os paraguaios, essa luta servia para resguardar o território nacional. Em consequência disso, Corumbá recebeu seu primeiro grande fluxo migratório de bolivianos. Muitos deles chegaram à cidade pantaneira para fugir do conflito imediato e das ameaças trazidas pela guerra. Outro ponto na história que marca a migração, nesta mesma época, é a construção da ferrovia entre Corumbá e Santa Cruz.
Devido às migrações, as culturas entrelaçaram-se e os costumes bolivianos, inclusive a culinária, foram introduzidos no dia a dia dos corumbaenses. “É incorporado ao hábito do corumbaense a chicha, que é um suco de milho com amendoim. Também temos a saltenha, o arroz boliviano e o majadito”, diz Marco Aurélio. Ele ainda complementa que a comida é um fator de sociabilidade, pois ela está tão entranhada que nem percebemos mais a sua origem. “Isso acontece porque já se tornou propriedade, já foi incorporado”.
Apesar de ser muito forte em Corumbá, a cultura boliviana ainda é menos influente que a paraguaia no estado. Isso acontece porque a migração desse povo é mais antiga, ocorre desde a Guerra com o Paraguai (1864-1870). Além disso, são várias as portas de entrada dos paraguaios, enquanto os bolivianos só têm uma.
Apesar disso, em Campo Grande, há iniciativas para manter e reavivar as tradições bolivianas, como é o caso da Feira Bolívia. Evento que acontece no segundo domingo de cada mês e reúne apresentações e símbolos das diversas culturas latinas como a polca paraguaia, a chicha boliviana e o MPB.
Gastronomia das fronteiras ao som do chamamé
Como pontuou Marco Aurélio, anteriormente, a culinária é um forte fator de sociabilidade entre Mato Grosso do Sul e os países fronteiriços. Da Bolívia, mais especificamente Corumbá e Puerto Quijarro, comidas como o arroz boliviano e a saltenha tornaram-se pratos típicos de MS. “Na Bolívia só se come saltenha de manhã, mas aqui em Puerto Quijarro, por causa da pressão dos brasileiros, se oferece de manhã e à tarde. Há uma série de adequações que são causadas pelas influências”.

Nesse processo de apropriação cultural, as receitas sofrem alterações, causadas pela falta de ingredientes. Por exemplo, a sopa paraguaia de MS não é igual a do Paraguai; a chipa também é diferente nas diversas cidades do estado. As refeições vão se adaptando a cada região e o sul-mato-grossense reivindica esses pratos como parte do seu cotidiano, ainda que sem conhecer muito de suas origens.
Durante a Guerra do Paraguai, MS (na época, ainda Mato Grosso) foi ocupado pelos paraguaios que se estabeleceram no estado por, mais ou menos, quatro anos. Durante esse tempo, eles deixaram suas marcas culturais no território brasileiro e, além da culinária, o povo sul-mato-grossense também se apropriou do chamamé e o tereré. Isso fica evidente quando esquecemos a origem das coisas e as associamos à cultura do MS.

Uma das heranças herdadas do Paraguai é o consumo de tereré, uma bebida feita com erva-mate e água gelada que é consumida numa guampa com a ajuda de uma bomba. Não há um consenso sobre a origem do tereré, a mais provável é de que a bebida seja uma criação dos soldados paraguaios, que o desenvolveram como uma forma de consumir a erva durante a guerra sem o uso do fogo. Mas existem relatos também que os indígenas, ao conduzirem os gados em comitivas, usariam a erva para coar as águas dos rios a fim de evitar doenças, como esquistossomose. Com o passar do tempo, o consumo do tereré se tornou um hábito que fortalece a união e o laço entre os consumidores que passam a guampa, de um em um, pela roda de conversa.
Segundo Orivaldo Mengual, fundador e diretor presidente do Instituto Cultural Chamamé MS e apresentador do programa A Hora do Chamamé, na Rádio Educativa FM 104,7, o consumo do tereré é visto como uma atividade que ignora as diferenças e propicia a interação social e o diálogo entre os indivíduos. “Compartilhar é um ato de amor que nos une e nos fortalece, e isso se concretiza no tereré”, comenta.
Outra herança paraguaia é o estilo musical do chamamé. Em março de 2022, o projeto de lei nº 4.528, de 2019, reconheceu o município de Campo Grande como a Capital Nacional do Chamamé. Para Mengual, conservar esses traços culturais é importante porque eles já estão entranhados na cultura regional, sendo uma forma de valorizar não só a cultura paraguaia, como também a cultura de Mato Grosso do Sul. “O homem pantaneiro sente, vive e se expressa por meio do chamamé”.
Essa influência é uma troca de mão dupla. Sarlidei Pena Machado, boliviana e pescadora que mora no Pantanal, conta que gosta muito de desfrutar os sabores de Mato Grosso do Sul, como o sarrabulho, dobradinha, arroz carreteiro e o peixe pantaneiro. “Nossa cultura é uma das mais belas; a pesca, os rodeios, as músicas tradicionais, as festas religiosas, a viola de cocho, o carnaval, as festas juninas que enriquecem nossa cidade [Corumbá] com cores e rejuntes de iguarias típicas. Amo desfrutar do pastel da feira tradicional com caldo de cana”.
Entretanto, a pescadora também faz questão destacar a culinária de seu país. “A culinária boliviana é considerada muito especial, bem entreverada com comidas indígenas e muito saborosas, como por exemplo a moela assada. Sempre foi e sempre vai ser um dos maiores celeiros culinários porque a Bolívia nos ensina a comer. Lá você toma primeiro a sopa para depois comer a comida seca, ou seja, o primeiro e o segundo [prato], preparando assim seu organismo para uma boa digestão. Toma-se refresco de tamarindo, mocochinche, sumo que é feito de milho de canjica, salada de chuño, mote, entre outros alimentos riquíssimos”, conta.
Raízes que fortalecem as identidades
Diante dessa construção da identidade cultural a partir dos costumes de outros países, Sarai conta por que os eventos que homenageiam os paraguaios são importantes em Mato Grosso do Sul. “A importância é resgatar aquilo que nos une. Somos dois povos, que pela colonização e por outros tipos de coisas, foram separados, mas que compartilham cultura. Então, resgatar esse passado, valorizar nossa história para que não desapareça, pelo contrário, que seja mais conhecida do que nunca porque é parte da nossa identidade, da nossa região. Somos um povo só, somos irmãos e estamos juntos.”
Sarlidei enfatiza o orgulho e conta que faz questão de ensinar os hábitos culturais do seu país e o castelhano aos seus filhos. “Minha maior lembrança é que minha tia nunca deixou a gente perder as raízes. Sei cozinhar, comer, bailar e viver como uma camba. Sempre que posso estou com meus familiares na Bolívia”.
Com tanto tempo de convívio, as culturas e os idiomas desses povos sofrem alterações. “A gente nota que o próprio castelhano vai mudando. Então, essa é uma influência linguística dos dois lados. A questão linguística é inevitável, desde os comerciantes até as crianças que estudam no Brasil, a presença da língua portuguesa nas residências de Puerto Quijarro é uma coisa cotidiana. Da mesma forma vamos encontrar do lado de cá”, relata Marco Aurélio.
Neste contexto, Juliet Sarai aponta as diferenças nas danças típicas de seu país, que aos poucos foram perdendo a sua essência e se mesclando com o estilo moderno. A jornalista reitera que é importante resgatar esses traços culturais que são tão característicos do Paraguai: “Hoje em dia temos um desafio, pois muitas escolas de dança estão fazendo aquela mistura do folclórico com o moderno. E o que nós queremos é resgatar tudo isso para que o folclórico siga sendo o folclórico mesmo.” Para ela, manter o estilo mais tradicional é uma forma de preservar a sua cultura e passá-la para as próximas gerações.
Conhecer as raízes, tanto dos bolivianos quanto dos paraguaios, é importante para entender a construção das identidades culturais dos sul-mato-grossenses, especialmente fronteiriços. Além disso, é uma forma de resgatar o passado e valorizar nossa história para que ela não desapareça e as futuras gerações possam manter esse orgulho cultural.
Uma outra fronteira: o preconceito
Apesar da proximidade da população, o preconceito ainda existe e é presente na vida dos hermanos, especialmente os bolivianos, que carregam na pele o fenótipo de suas origens. Bolivianos legítimos ou descendentes, a xenofobia os acompanha.
Sarlidei é boliviana registrada no Brasil, ela conta que já sofreu muito e sofre “até hoje, mas agora tiro de letra. Antes riam porque [eu] era filha de negro e branco, não entendia [o português] e ainda [era] boliviana”. Dione Zunita, vendedora de saltenha, conta que
mesmo tendo nascido no Brasil, as pessoas não a reconhecem como brasileira: “As pessoas me julgam [por ser boliviana] e eu digo: eu não sou boliviana, eu sou filha de bolivianos.”
Já no caso dos paraguaios, o preconceito parece menos nítido. O cônsul do Paraguai, Ricardo Caballero Aquino, chega a fazer uma comparação entre o MS e outros estados mais populosos do Brasil como o Rio de Janeiro e São Paulo. Para o cônsul, nosso estado tem uma energia mais parecida com os países latinos. “É mais acolhedor, as pessoas são mais respeitosas e menos preconceituosas; já no Sudeste, as pessoas são mais frias e individualistas”. Sarai concorda e enfatiza que as pessoas são mais amigáveis com paraguaios e bolivianos em Mato Grosso do Sul em razão de suas descendências, já que muitos habitantes do estado ou são filhos de estrangeiros fronteiriços ou tem em sua família alguma membro que é. “Acredito que 95% das pessoas com quem eu falo tem descendência paraguaia, ou casou com alguém que é filho de paraguaio ou o avô, ou a família é paraguaia”.
Feira da Bolívia

Fundada em 2005, com a ajuda do cônsul boliviano Dom Antônio Mariano, a Praça da Bolívia, localizada no bairro Coophafe em Campo Grande, abriga, mensalmente, no segundo domingo de cada mês, a Feira da Bolívia, evento cultural que reúne apresentações musicais e artísticas, comidas típicas e pequenos empreendimentos.
O espaço começou a ser utilizado por conta da necessidade do cônsul de encontrar uma forma de lazer, como relata Dione Zurita, uma das integrantes da Associação Boliviana que ajudou a fundar o local. “No momento em que o cônsul fundou essa praça ele quis ajudar a criar lazer pros bolivianos aqui, já que não tinha nada”. E com algumas apresentações de danças e umas barracas de comidas típicas como a saltenha, a feira começou a expandir a cultura boliviana na capital morena.
Em 2009, o evento passou a ser organizado pelo Grupo Folclórico boliviano T’ikay e a celebrar também a união entre os países fronteiriços e a valorização de suas culturas. Segundo o atual cônsul da Bolívia da cidade de Corumbá, Símons William, essa diversidade e junção das diversas culturas em um só local é essencial para criar uma plurinacionalidade e fortalecer a aliança entre os países latinos “A importância desse evento para a minha cultura e para a cultura sul-americana é a unidade.
As fronteiras são linhas imaginárias. O povo sul-americano é um povo irmão.
E é muito importante que o Brasil mantenha essa praça como vínculo de união entre os países da América do Sul.”
Após dois anos de pandemia, em março de 2022, o grupo T’ikay deixou a organização e o evento foi cancelado. Mas com a ajuda da Associação Boliviana e do consulado, a feira voltou a acontecer em abril do mesmo ano. Com o retorno, o ortopedista Orlando Turpo participou pela primeira vez com o seu novo empreendimento, um restaurante que conta com mais de 15 pratos bolivianos. “Nossa missão é fazer com que o povo brasileiro experimente e conheça a nossa comida”, conta. Tudo indica que a feira volta a acontecer todo segundo domingo do mês, inclusive ampliada. Além da oportunidade de continuar difundindo a cultura boliviana no estado, o consulado pretende convidar outros países a trazerem apresentações artísticas para o evento.
Com cerca de 180 estandes, a feira traz uma grande diversidade de produtos, desde a saltenha e mocochinchi, a sopa paraguaia, o chocolate quente, até itens de artesanato e roupas. E enquanto ouve um mpb, você pode se deliciar com um churrasco, tomar uma cerveja artesanal e assistir a apresentação de uma polca paraguaia.
Glossário
Paraguai:
Bomba: Canudo de alumínio com uma das extremidades achatadas, o que serve como filtro para a erva-mate durante o consumo de tereré.
Chipa: Salgado feito de polvilho e queijo e moldado em formato de ferradura.
Guampa: Termo quéchua usado para se referir ao recipiente feito de chifre de boi utilizado para o consumo de tereré.
Sopa paraguaia: Espécie de bolo de milho feito com queijo e muita cebola.
Bolívia
Camba: Grupo étnico alocado na região chamada de Chiquito (Chiquitania), na Bolívia. Esta área geográfica é compreendida pelo espaço localizado entre o Chaco (sul), os rios Paraguai (leste) e Rio Grande (oeste).
Chicha: Com origens indígenas, a chicha é uma bebida alcoólica fermentada feita à base de milho e outros cereais.
Chuño: Batata congelada e desidratada no sol.
Majadito: Prato feito com arroz, cúrcuma e carne seca ou carne de pato.
Mocochinchi: Bebida feita com pêssegos secos e desidratados que são deixados de molho durante a noite. No dia seguinte, esse caldo é fervido com açúcar e canela. A bebida é servida fria.
Mote: Porção de grãos cozidos, podendo ser milho, trigo, feijão ou outros.
Saltenha: Salgado boliviano que se assemelha a um pastel assado. Pode ser recheado de diversas formas, em especial com frangos e especiarias.
Viola-de-cocho: Instrumento musical de cordas dedilhadas variante da viola brasileira.