Muito se fala sobre heróis, mas a questão é: quem são, onde estão e quem os cria?
A equipe do Projétil foi atrás de algumas possíveis respostas. E se deparou com um desafio ético e profissional: jornalistas também criam/constroem heróis e vilões do cotidiano. Refletir até que ponto podemos apresentar tais julgamentos morais, e onde devemos evitá-los fez parte das conversas ao longo do semestre.

Ainda passando por um cenário pandêmico, porém caminhando para um momento de superação desse período devastador e angustiante, buscamos mostrar que heróis e vilões não estão apenas nos filmes e nos quadrinhos.
Podemos encontrá-los em qualquer lugar: dentro de casa, no apartamento do vizinho, no trabalho, na escola, no supermercado, … ou em nós mesmos. Cada um exerce sua jornada, esforço para uma ‘salvação’, não só pessoal mas também social, humana e coletiva.
Estes heróis e vilões criados pelo cinema, pelo jornalismo, pela propaganda, pelo tiozão do whatsapp, por alguém escondido atrás de um perfil fake de rede social ou sabe-se lá por quem influenciam direta ou indiretamente nossas vidas, nossas escolhas e modelos de comportamento. Por isso falar sobre eles rende uma edição inteira do Projétil. E provoca a reflexão – tanto para nós quanto, esperamos, para leitores e leitoras – sobre quais caminhos queremos que sejam trilhados pela sociedade brasileira no período pós-pandêmico que se avizinha.
Reconhecimento Nacional
Pelo segundo ano consecutivo o Projétil foi premiado nacionalmente na categoria ‘Jornal Laboratório’ na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) promovida pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Nesse sentido, ele é o melhor jornal laboratório dos cursos de jornalismo brasileiros desse período. Tal reconhecimento é fruto do empenho e dedicação dos alunos e professores do curso de Jornalismo e dos parceiros do curso de Artes Visuais, em especial todos e todas diretamente envolvidos nas edições 92, 93, 94 e 95. E traz para as novas turmas a responsabilidade de tentar manter a qualidade do jornal.
Além do Projétil – que foi representado pela aluna Adriana Acosta – também os trabalhos ‘Projeto de Assessoria de Imprensa / Comitiva Esperança’, de Gabriela Longo, ‘Revista Lesbô’, de Rafaella Moura, e a infografia ‘Quem tem medo do Pantanal’ (publicada na edição 95 do Projétil) representada por Maria Eduarda Boin, foram vencedores no Expocom nacional. É a primeira vez que o curso de Jornalismo da UFMS recebe quatro premiações nessa concorrida competição acadêmica.